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Cão Pelado Peruano

O Cão Pelado Peruano é o único cão nativo do Peru, e foi reconhecido oficialmente como um patrimônio nacional do país.   Origem As origens do Cão Pelado Peruano são bastante incertas, existindo várias hipóteses para explicar sua presença nesse país. Alguns experts sustentam a teoria de que esses cães chegaram da Ásia, outros dizem que eles vieram da África e ainda existem aqueles que afirmam que eles surgiram na América do Sul. Essa raça apareceu pela primeira vez em vilas peruanas no século I d.C. Nessa época existiam duas variedades de cães peruanos, o pelado e o com pelagem e acredita-se que eles tinham a mesma origem e nasciam da mesma ninhada. Porém os Incas apreciavam mais a variedade sem pelos, os chamando de “cães sem roupas”. Os europeus foram introduzidos ao Cão Pelado Peruano depois da descoberta da América do Sul pelos exploradores espanhóis no século XVI. Os espanhóis os chamaram de “Flower Dogs”, um nome que depois se desenvolveu e evoluiu para “Peruvian Inca Orchid”, o nome pelo qual é conhecido em várias regiões do mundo.   Comportamento Essa é uma raça extrovertida, entusiasmada, afetuosa, vivaz, brincalhona e às vezes um pouco nervosa. É fiel aos seus donos, cuidadoso com as crianças e muito desconfiado com estranhos. O Cão Pelado Peruano também é muito inteligente e obediente, o que o torna bastante fácil de ser adestrado. Apesar de ser um bom cão de companhia, o Cão Pelado Peruano também é um excelente cão de guarda, além de também gostarem de espaços abertos para poderem correr livremente e brincar. Esses cães são tranquilos e amigáveis dentro de casa. Eles têm uma atitude digna – calmos e bem comportados – e formam laços fortes com os membros da família. O Cão Pelado Peruano é ágil e rápido suficiente para brincadeiras ao ar livre, sendo um companheiro de jogos envolvente dentro e fora de casa, mas eles também gostam de um bom tempo de sossego no sofá. O Cão Pelado Peruano é protetor com o seu ambiente. Eles podem ser muito desconfiados com pessoas novas ou cães que não são familiares para eles e são esplendidos – para não mencionar de uma aparência única – cães de guarda. No geral eles são muito fáceis de lidar.   Aspecto Existem três tipos de Cão Pelado Peruano, que variam quanto ao seu tamanho, podendo ser pequenos, médios ou grandes. O pequeno tem entre 25 e 40 cm de altura, o médio entre 40 e 50 cm e o grande entre 50 e 65 cm. Seu peso também varia, ficando entre 4 e 8 kg no pequeno, 8 e 12 kg para o cão de médio porte e 12 a 25 kg para o grande. Como o seu nome indica, a principal característica do Cão Pelado Peruano é que ele não tem pelo, exceto em alguns casos em que os exemplares possam ter pelo na cabeça, nas extremidades ou na cauda. Suas orelhas são de tamanho mediano, largas na base e se estreitando até terminar em uma curva bem marcada. A cauda é implantada baixa, chegando a ficar quase na altura do cotovelo e quando está em repouso tem forma de gancho. Sua pele é lisa e pode ser negra, cinza, marrom ou bege, com ou sem manchas rosadas. A raça possui um contorno leve e forte, com uma cabeça arredondada e focinho afiado, que combinam com seus olhos amendoados que tem uma expressão atenta. As orelhas dele são eretas, dando o toque final para esses cães, que no geral possuem uma aparência ágil e graciosa.   Cuidados específicos Apesar dos cães da raça Pelado Peruano serem bastante resistentes, não é recomendável que sejam expostos a climas extremos. Se tiverem que ficar muito expostos à luz do sol é necessário aplicar protetor solar por todo seu corpo para que não sofram queimaduras. Por não terem pelos, esses cães não causam alergias, não têm pulgas, trocas de pelos e são extremamente fáceis de limpar. Além disso, eles vivem muito facilmente em apartamentos, apesar de precisarem de exercícios diários, interações com humanos e seria ideal que tivessem um quintal ou jardim para poderem correr por eles. Não se esqueça de que eles não podem ficar muito tempo no sol sem protetor solar, não importa se vivem em casa ou apartamento.   Saúde O Cão Pelado Peruano goza de uma boa saúde, apesar de alguns exemplares poderem sofrer de problemas de fígado, por isso é recomendado que não sejam alimentados com comidas gordurosas. Também podem padecer de problemas nos olhos, dentários e principalmente problemas de pele como queimaduras pelo sol. Garanta que seu Cão Pelado Peruano possua roupas para se aquecer no inverno e uma boa proteção contra o calor do sol no verão. O ideal é consultar um veterinário para que ele recomende o melhor tipo de protetor solar para usar com seu cãozinho. História do Cão Pelado Peruano A real origem do Cão Pelado Peruano não é uma unanimidade entre os experts da raça. Parte deles tenta definir que a raça teve origem nos cães chineses, que teriam vindo para o Peru depois do presidente Don Ramón Castilla promulgou a abolição da escravatura junto com imigrantes chineses. De outro lado, dizem que esses cães têm origem nos cães pelados africanos, que teriam vindo junto com os nômades daquele continente. Apesar das várias hipóteses sobre a origem da raça, existem registros em cerâmicas que indicam sua existência na época das civilizações anteriores aos Incas, em vários casos substituindo as representações de animais como as serpentes, pumas e falcões. Através dessas representações, é possível datar a existência do Cão Pelado Peruano na região há 300 anos a.C. Características do Cão Pelado Peruano O Cão Pelado Peruano pode ser de três tamanhos – pequeno, médio e grande – e as três variações devem seguir o mesmo padrão físico, sendo um cão elegante, harmonioso e esbelto. Sua pele pode variar em tons de preto ao cinza e do marrom ao bege, podendo ter manchas rosadas ou não. Por não possuir pelagem é importante que se tome cuidado para que não passem muito tempo

Cão Pelado Mexicano

O Cão Pelado Mexicano também é conhecido como Xoloitzcuintle, um nome que faz referência ao Deus Asteca Xolotl. Historicamente, uma das missões deste cão calvo era conduzir as almas dos mortos em sua viagem para a eternidade. Há diversas teorias sobre as origens da raça e as primeiras referências são as estatuetas de cães pelados (feitas com argila) encontradas em túmulos no México, que remetem a muito antes da conquista espanhola no século XVI. Acreditava-se que os cães sem pelos poderiam ter atravessado o Estreito de Bering em companhia do homem, há milhares de anos, a partir da Ásia para a América. Entretanto, por causa de sua falta de pelo, este cão dificilmente poderia resistir a temperaturas tão baixas, fato que reforça outras teorias que sustentam que os seus antepassados foram importados da África pelos assírios e egípcios. Comportamento O Cão Pelado Mexicano é simpático e afetuoso com seus donos, além de muito gentil com as crianças. Ele se apega muito aos donos, mesmo que demore a ganhar sua confiança. Esta raça se dá bem com outros animais domésticos da família, como gatos e papagaios. É um cão gentil, calmo, obediente e, por não ter pelo, é um animal muito limpo. Aspecto O Cão Pelado Mexicano normalmente não tem pelo, embora alguns exemplares da raça possam ter um disco de pelos na testa, também nos dedos e na ponta da cauda, sendo uma pelagem curta e grossa. A parte traseira é forte, ampla e direta. Seus olhos são amendoados e as orelhas são finas e grandes. A raça é dividida por tamanho, em três categorias: padrão, intermediário e miniatura. Cuidados específicos O Cão Pelado Mexicano não precisa de nenhum cuidado especial, mas, como ele gosta muito de se expor ao sol, é aconselhável tratar e proteger bem a sua pele com óleo de amêndoas ou filtro solar. Também é aconselhável mantê-lo bem aquecido. O proprietário deve ser paciente e compreensivo com o seu cão durante a fase de “adolescência”, quando pode apresentar um comportamento um tanto quanto tímido e nervoso. Saúde Os problemas mais comuns da raça normalmente estão relacionados à dentição, por vezes incompleta ou desalinhada. História do Cão Pelado Mexicano O Cão Pelado Mexicano é uma das raças mais antigas do mundo. Este cão parece ter sido importado para o México a partir do nordeste da Ásia pelos antepassados nômades dos Astecas. Os primeiros habitantes do México, os Toltecas, tinham em seus templos os cães da raça Chihuahuas. Os Astecas conquistaram o país e trouxeram o cão. Para uns, o cruzamento destas duas raças teria resultado no Cão Chinês de Crista. Índios saboreavam sua carne ou guardavam-na para se protegerem ou curar doenças. As primeiras descrições deste cão datam do século XVII. O American Kennel Club publicou, em 1933, um padrão do Cão Pelado Mexicano. Esta raça é rara na Europa. Características do Cão Pelado Mexicano O Cão Pelado Mexicano é vivo, alegre, mas calmo e muito afetuoso, tem bom temperamento e é um companheiro agradável. Por ser muito desconfiado com estranhos, se torna um bom cão de guarda. A raça não exige cuidados especiais e é bem fácil de cuidar, precisa de pouco exercício, mas necessita de banhos regulares e aplicação de cremes para proteger a sua pele, bastante sensível ao sol e ao frio. O Cão Pelado Mexicano é bem proporcionado e muito harmonioso. Sua pele é lisa e bastante macia ao toque.     Autor: Dr. Ricardo Tubaldini | Fonte: CachorroGato  

Cão Lobo Checoslovaco

O Cão Lobo Checoslovaco é uma raça relativamente nova, que como o seu nome indica, possui uma aparência bastante semelhante à dos seus ancestrais lobos. Os cães dessa raça são altos, fortes, muito ágeis e que herdaram a máscara branca que é típica dos lobos.   Origem Essa é uma raça, que comparada com as outras raças da região, é relativamente nova. Durante os anos 50 – mais precisamente em 1958 – na Checoslováquia, foram realizados vários cruzamentos entre cães do tipo Pastor Alemão e lobos, experimentos que no final acabaram gerando essa nova raça. Em 1982 o Cão Lobo Checoslovaco foi reconhecido em seu país de origem como uma nova raça e sete anos depois foi aprovado pela FCI. Mais do que criar uma nova raça de cachorro, os experimentos desenvolvidos na Checoslováquia foram feitos para provar que os genes de cães e lobos eram compatíveis e que poderiam ser combinados para criar uma nova espécie saudável. Hoje em dia o Cão Lobo Checoslovaco não é mais utilizado como o cão militar de bandos pelo qual já foi famoso e agora ele pode ser encontrado em casas como cão de companhia e também como cão de guarda.   Comportamento Os cães dessa raça são muito valentes, brincalhões, ativos e extremamente inteligentes. O Cão Lobo Checoslovaco tem um temperamento bastante forte, mas com uma educação firme ele irá assimilar as ordens de seus donos com rapidez. Os cães dessa raça são fiéis e dóceis com seus donos, mas também são muito distantes e desconfiados com estranhos. Eles respeitam as crianças e filhotes, permitindo que eles façam consigo coisas que não tolerariam de forma nenhuma de um adulto. O Cão Lobo Checoslovaco aprende facilmente a conviver com outros animais domésticos se for ensinado para isso desde pequeno. Como qualquer outro cão lobo, a personalidade do Cão Lobo Checoslovaco é uma mistura das personalidades dos cães e dos lobos. Essa raça tende a ser de certa forma um pouco tímida, a não ser quando estão por perto de seus donos, além de se mostrarem nervosos em situações novas. Essa raça é mais parecida com um lobo do que com um cão, podendo se dizer que eles são lobos que não têm medo do homem, raramente demonstrando ter a conexão com os humanos que as outras raças de cães apresentam, a única exceção disso sendo seu dono e em alguns casos sua família. Se você quer um cão quieto, mas que ainda assim é vivaz, majestoso, destemido e leal, essa talvez seja a sua raça.   Aspecto Os cães dessa raça são cães bastante robustos, com uma constituição forte e uma estrutura retangular. Ele possui, no geral, a constituição física de um lobo, herdando o seu modo de se mover, pelagem, cores e até mesmo a sua máscara característica. A cabeça do Cão Lobo Checoslovaco tem forma de cunha e suas orelhas são pequenas, triangulares e erguidas. Sua cauda é implantada alta e quando está em repouso é portada reta e pendente, quando está alerta ela fica levantada em forma de foice. A sua pelagem é reta e bem junta ao corpo, com um sub pelo bastante denso. A cor dele pode variar entre o cinza amarelado ao cinza prateado, sempre acompanhando a sua máscara branca. Suas pernas são longas, dando bastante agilidade e graciosidade ao seu corpo. Seus olhos são de uma cor âmbar, o peito liso, cintura definida, características que ele também herdou de seus ancestrais lobos.   Cuidados específicos O Cão Lobo Checoslovaco não foi uma raça criada para viver dentro de casa ou de apartamentos, eles precisam de espaço para viver e também de bastantes exercícios diários. Se estiver solto pelo quintal é preciso vigiar para que ele não escape, já que os exemplares dessa raça podem escalar muros de até dois metros de altura, mas apesar disso também não é conveniente deixá-los presos em árvores, pois podem acabar se machucando enquanto tentam se soltar. Por ser uma raça tão inteligente, esses cães podem acabar se cansando e se entediando quando os exercícios proporcionados para eles são longos demais e repetitivos. O seu dono deve sempre ter em mãos um amplo repertório de atividades para oferecer para eles. Também é importante frisar que se eles não tiverem exercícios suficientes podem ser tornar inquietos, começando a andar para frente e para trás dentro de casa. Para que os cães da raça Cão Lobo Checoslovaco cresçam de maneira equilibrada, esses cães precisam de uma matilha – ou seja, a sua família – por isso não é recomendável que eles sejam deixados sozinhos por períodos de tempo muito grandes. Por ser tão próximo dos lobos, essa raça é extremamente rápida  ágil, então é importante que seja cuidadoso com eles perto de possíveis presas, incluindo outros cães. Apesar de no geral eles não atacarem outros cães a não ser que sejam provocados, é importante sempre estar alerta aos sinais corporais de seu cão. Além disso, o Cão Lobo Checoslovaco não precisa de escovações regulares, a não ser nas épocas de muda que ocorrem duas vezes ao ano, quando você pode esperar pequenos tufos de pelos pela casa mesmo com a escovação mais diligente.   Saúde O Cão Lobo Checoslovaco é um cão com uma saúde muito boa, mas apesar disso por seu tamanho ele é propenso a ter displasia coxofemoral.   História do Cão Lobo Checoslovaco Para comprovar o alto grau de parentesco entre os cães e os lobos, durante a década de 50 na Checoslováquia foram feitos experimentos biológicos com vários cruzamentos teste entre cães da raça Pastor Alemão e lobos. O resultado desses experimentos foi uma nova raça de cão, que possuía todas as características físicas e temperamentais de um lobo, mas com o grande diferencial de não possuírem medo do homem, assim como os cães. Após provar que essa nova raça era saudável e que podia se reproduzir naturalmente sem maiores problemas, ela foi batizada como Cão Lobo Checoslovaco, um cão que é tão útil quanto um lobo e tão agradável quanto um cão.   Características do Cão Lobo Checoslovaco O Cão

Cão D’água Português

Como o próprio nome sugere, o Cão d’Água Português é uma a raça nativa da província Portuguesa de Algarve, que fica no litoral. Os pescadores locais costumavam usar este cão como assistente na pesca e guardião dos seus navios e mercadorias, por ser um grande nadador e ter excelente visão e olfato. Quando o seu dono estiver pescando, o cão fica acompanhando com o olhar e, se um peixe escapar, ele imediatamente mergulhará no mar para pegá-lo. Atualmente, esta raça é também muito usada como cão de guarda e cão de companhia.   Comportamento O Cão d’Água Português é muito inteligente, extrovertido, impetuoso, enérgico e atlético. É um bom guardião e também um grande amigo das crianças. Como seu nome sugere, este cão ama nadar e aprecia muito qualquer atividade relacionada com a água.   Aparência O Cão de Água Português tem peito robusto, largo e profundo. Ele tem cabeça grande e bem proporcional, com uma parada bem definida e focinho estreito. As orelhas são finas e ficam acima da linha dos olhos. A cauda é larga na base e vai afinando para a ponta. Tem pelagem muito resistente, densa e forte, que cobre todo o corpo. São duas variedades de pelagem: a primeira, de pelos ondulados e longos, e a segunda, de pelos curtos e bastante crespos. Esta raça pode se apresentar em cores únicas, preto, branco e marrom, ou em combinações de preto e branco ou marrom e branco.   Cuidados específicos O Cão de Água Português precisa de muito espaço e abundância de exercícios diários, sendo também muito importante incentivá-lo a cada dia. Esta raça é bastante fácil de treinar, desse que o proprietário lhe ofereça uma educação forte e contínua, que certamente o tornará um cão muito obediente. Recomenda-se escovar e pentear o Cão de Água Português com frequência.   Saúde Problemas hereditários que afetam mais a raça são displasia coxofemural e atrofia progressiva da retina. Existem também alguns casos de uma doença chamada “doença de armazenamento”, que é um distúrbio raro, caracterizado por uma deficiência das enzimas.   História do Cão D’água Português As origens da raça do Cão d’Água Português são antigas e bastante obscuras. Uma provável referência ao cão d’água é o texto escrito por um monge, de 1297, que descreveu o salvamento de um marinheiro por um cão com “o pelo comprido e preto, tosquiado até a primeira costela, e com um tufo na ponta da cauda”, um padrão de tosa muito comum nos cães d’água. Outra referência é uma gravura do início do século XIX, que retrata a chegada do rei de Portugal D. Miguel à praia de Belém, mostrando um cão d’água nadando em direção ao barco do rei. Originalmente o Cão d’Água Português, por ser um excelente nadador, foi muito utilizado pelos pescadores portugueses como ajudante nos barcos, guiando cardumes de peixes às redes, recuperando objetos caídos na água, levando mensagens entre barcos e entre a terra e o mar, além de muitas outras atividades. O escritor Raul Brandão, em sua obra Os Pescadores (1932), descreveu a atividade de um barco de pescadores da cidade portuguesa de Olhão: “Tripulavam-no vinte e cinco homens e dois cães, que ganhavam tanto quanto os homens. Era uma raça de bichos peludos, atentos um a cada bordo a ao lado dos pescadores. Fugia o peixe ao alar da linha, saltava o cão ao mar e ia agarrá-lo ao meio da água, trazendo-o na boca para bordo”. A partir do século XX, com as novas tecnologias da pesca, o trabalho dos cães d’água tornou-se progressivamente obsoleto. O número de cães da raça diminuiu muito e na década de 1930 os poucos exemplares restringiam-se à costa do Algarve. Em 1934, dois cães d’água de Sesimbra participaram pela primeira vez de uma exibição canina, inscritos pelo criador de cães Federico Pinto Soares. Estes animais chamaram a atenção de Vasco Bensaúde, um rico empresário açoriano que também era criador de cães. Bensaúde adquiriu quatro exemplares da raça para seu canil Algarbiorum e iniciou um cuidadoso programa de seleção. O exemplar mais importante foi um macho chamado Leão, que viria a servir como padrão para a raça Cão de Água Português. Recentemente, a raça ganhou publicidade inesperada após a família do presidente dos EUA, Barack Obama, ser presenteada pelo falecido senador Edward (Ted) Kennedy, com um Cão de Água Português como mascote. O cão, chamado Bo, foi apresentado ao público na data de 14 de abril de 2009, em meio a grande interesse da imprensa.   Características do Cão D’água Português O Cão d’Água Português é muito perseverante, energético, impetuoso e robusto, dotado de um bom faro, além de ser ótimo nadador e um mergulhador extraordinário, características típicas de um bom cão de caça d’água. Pode ser um cão de guarda ou um agradável cão de companhia, mas deverá receber educação firme. Esta raça precisa de espaço e de muitos exercícios. Deve ser penteado e escovado com frequência. Em ocasião de exposições ou prêmios, sua parte posterior deverá ser tosada desde a última costela até dois terços da cauda. Este cão de porte médio é harmonioso, muito musculoso e tem movimentos soltos.     Autor: Dr. Ricardo Tubaldini | Fonte: CachorroGato    

Cão D’água Espanhol

O Cão de Água Espanhol é uma das raças mais antigas do território espanhol. É um grande nadador e um excelente mergulhador. Origem Existem várias teorias sobre as origens dessa raça desgrenhada. A mais difundida diz que os árabes, durante a invasão islâmica do ano de 711, trouxeram o Cão de Água Espanhol para a Península. Outros afirmam que a raça chegou à Espanha da Turquia no final do século XVIII, começo do XIX. Seja como for, esse cão acabou se adaptando perfeitamente às condições ambientais e de trabalho na Espanha. No norte, era usado para ajudar os pescadores e no sul, se empregava em tarefas de caça e pastoreio. Comportamento É um cão muito alegre, vivo, fiel e equilibrado. É inteligente, obediente e aprende com facilidade. Adora brincar, ser acariciado e poderia passar horas mergulhando e brincando no mar. Se dá especialmente bem com crianças. Aspecto De corpo robusto e peito largo, se caracteriza por seu pelo encaracolado e lanoso. Por baixo dessa capa está um cão atlético, rústico e com boa musculatura. Tem orelhas triangulares e caídas, uma cauda de tamanho médio que costuma ser amputada por volta da segunda ou quarta vértebra, mas somente nos poucos países onde esta prática ainda é permitida. Sua pele é flexível e fina. Cuidados específicos É um cão que se adapta muito bem a todas as situações, mas que se for viver em apartamento, precisa fazer exercícios diariamente. Devido ao seu pelo, costuma se sujar muito. É recomendável que depois de cada passeio que se examine bem a pelagem para ver se não tem nada pregado nela. Saúde Esse cão tem uma ótima saúde e apresenta pouquíssimos problemas característicos.   História do Cão D’água Espanhol O Cão de Água Espanhol foi oficialmente apresentado na Espanha durante a celebração da 1ª Exposição Canina Nacional de São Pedro de Alcântara, em Málaga, em 24 de maio de 1981. Nesse dia, fora de concursos, foi apresentado um cachorro canela escuro, que era propriedade de uma família de holandeses, que estavam dedicados à grande criação e que se tornaram chave para o reconhecimento da raça. Nesse momento, porém, os exemplares dessa raça se chamavam “Turco Andaluz”, nome que ainda hoje os maiores entendedores da raça definem como mais apropriado, pois se conecta diretamente com a que poderia ser sua verdadeira ascendência. Sua apresentação foi o resultado do esforço de um grupo de aficionados que realizaram um estudo das características étnicas do que então chamavam de “Cão Turco Andaluz”, que junto com alguns poucos artigos divulgados e apresentados posteriormente nas principais revistas caninas espanholas, contribuíram de grande forma para seu melhor conhecimento pela comunidade cinófila nacional e internacional. Entre os responsáveis pelo Cão de Água Espanhol ocupar hoje um lugar preponderante entre os amantes de cães, deve se citar Antonio Garcia, que é na atualidade presidente da Associação Espanhola do Cão de Água Espanhol (AEPDAE). Ninguém questiona seu improvável trabalho pessoal, sendo conhecido carinhosamente como “Antonio de Ubrique”, seu lugar de origem e desde onde fez o mundo conhecer essa raça; ele foi peça chave em todo o trabalho de recuperação de exemplares, na concepção preliminar dos primeiros padrões oficiais da raça e preparou todo o trabalho de divulgação que tornou possível o seu reconhecimento oficial posteriormente. Primeiramente temos que lembrar que a Espanha é um país onde tradicionalmente se pratica o pastoreio, uma atividade milenar levada a sério pelos distintos povos que povoaram seu solo. E para que essa atividade tivesse êxito e servisse como modelo de sub existência – dadas as condições climáticas particulares da Península -, se fez necessário que ocorressem migrações anuais, dos pastos de inverno para os de verão e vice-versa. Todavia, manejar tantas cabeças de gado de um lado para o outro não era uma tarefa fácil, ainda mais porque era necessário lutar contra animais – lobos principalmente – que continuamente espreitavam e ameaçavam não só a vida dos animais, como também dos próprios pastores, e assim, o cão se tornou um protagonista ainda maior do que já era antes, quando a caça se tornou a primeira atividade de nossos antepassados. Essa situação e essas necessidades deram lugar ao desenvolvimento de uma seleção cada vez mais cuidadosa e exigente, com base na funcionalidade e características próprias de cada lugar e cada vez mais especializada nos cães que deveriam colaborar com o homem nas distintas tarefas diárias. Por um lado os enormes Mastinos se fizeram imprescindíveis, de grande tamanho e potência, ferozes, rústicos e temerários, capazes de enfrentarem lobos e as demais feras selvagens e, por outro lado, surgiram paulatinamente outros cães de tamanho menor que se fizeram igualmente imprescindíveis para a condução e movimento das ovelhas e de outros rebanhos. É entre os últimos que participa o que hoje chamamos de Cão de Água Espanhol, junto com outras muitas raças como o Carea Castellano e tantos outros. Algumas delas já foram reconhecidas como raças pela RSCE ou a FCI, enquanto outras esperam obter esse reconhecimento definitivo. Essa única raça é a mostra mais forte e palpável da enorme variedade de cães de pastor que existem atualmente na Espanha, com tipos muito homogêneos e características físicas e psíquicas perfeitamente adaptadas ao meio onde colaboram. A existência do Cão de Água Espanhol, que antes era chamado de Turco Andaluz, é muito antiga e procede, aparentemente, do mesmo tronco que o Barbet – cujo nome procede do francês “Barbe” (por sua barba longa) e que é por sua vez descendente do antigo Canis aquaticus o cão de água; um cão raríssimo hoje em dia, que se considera na cinologia como o pai de todos os Cães de Água Espanhóis e de muitas outras raças de cães de água. É provável que os antepassados deles, os Turcos Andaluzes, sejam os antigos “Cães de água” espanhóis, existindo referências escritas deles que remontam ao século X, quando já se descreveram características concretas que tem muito a ver com as dos exemplares tal como são conhecidos hoje em dia, especialmente no que se refere às lãs, ao caráter e ao

Cão de Santo Humberto

O Cão de Santo Humberto, também conhecido como Bloodhound, tem um excelente olfato, capacidade que fez com que ele se destacasse em seu trabalho como um cão perseguidor (em inglês, “tracker”), para localizar uma peça de caça ferida ou para encontrar pessoas desaparecidas.Origem Os cães da raça são descendentes de cães de caça pretos ou castanhos e pretos, que eram utilizados pelo monge Hubert em suas caçadas do século VII. Durante séculos, os monges de Saint-Hubert, desenvolveram esta raça no Mosteiro de Andain, na Bélgica. Devido à sua grande capacidade olfativa, eram muito usados para encontrar os peregrinos perdidos em suas florestas. No século XI, esses cães foram importados para a Inglaterra e cruzados com cães de outras raças (entre eles, acredita-se que o Mastiff), resultando na raça Cão de Santo Humberto que conhecemos hoje. Comportamento O Cão de Santo-Humberto é muito calmo, tenaz, perseverante e determinado. Ele ama a convivência com as pessoas, é amigável e muito paciente. Este cão é muito sensível à relação com seu dono, ele vai ser fiel e amar seu dono sempre que for bem tratado. A raça é muito inteligente e tem raciocínio muito rápido. Seu caráter é doce, equilibrado e, por vezes, um pouco tímido. Entretanto, às vezes, pode se mostrar um pouco agressivo com outros cães. Aspecto O Cão de Santo-Humberto é um cão de porte grande e muito pesado. Tem uma cabeça longa, estreita e adornada com rugas abundantes. A pele cai, especialmente, ao longo da frente e dos lados da cabeça. As orelhas são longas e de inserção baixa. O pelo é curto, sendo bastante áspero no corpo e suave como a seda nas orelhas e na cabeça. Pode variar entre preto e castanho, marrom e castanho, sendo, o preto, o mais comum. A cor preta fica limitada ao dorso e flancos, formando uma sela, e à face dorsal do pescoço até a ponta do occipital. O branco não é aceito nos padrões da raça, todavia, uma pequena mancha branca no peito e nas patas não desqualifica o exemplar. Cuidados específicos É aconselhável manter o Cão de Santo Humberto em terrenos espaçosos e muito bem cercados. Sendo um cão de grande porte, o espaço dentro de uma casa pode ser muito pequeno. Este cão precisa se exercitar moderadamente, mas com regularidade. Para evitar irritação, esta raça requer que você monitore regularmente as dobras formadas em sua pele. Saúde O Cão de Santo Humberto, normalmente, não tem problemas hereditários e congênitos graves, embora às vezes existam casos de displasia coxofemural ou de cotovelo. Os problemas mais comuns estão relacionados aos olhos: conjuntivite seca e ectrópio, mas também pode apresentar torção de estômago.   História do Cão de Santo Humberto O Cão de Santo Humberto é uma raça antiga. Seus antepassados apareceram pela primeira vez na Europa, cerca de mil anos atrás, quando duas linhagens de Hounds, sendo, o preto, o antepassado do Cão de Santo-Humberto e, o branco, o Hound-Southern branco, trazido de Constantinopla. Monges belgas, que tinham criado os cães de Santo Humberto durante a Idade Média, eventualmente, trouxeram para a Inglaterra, onde eles foram criados para serem caçadores duráveis. Eles também tem uma reputação lendária como cães policiais. Atualmente, a raça continua a ser apreciada como cães competidores e companheiros.   Características do Cão de Santo Humberto O Cão de Santo Humberto tem um olhar descontraído e jovial. E, na maioria das vezes, eles são companheiros muito bem-humorados, pacientes e distintos. Estes cães gostam de atenção e carinho, adoram se esticar no chão e serem abraçados. A raça convive de forma incrivelmente paciente com as crianças, brincando no tapete ou no pátio durante horas. Estes cães precisam de amor, atenção e companhia da família acima de tudo. Quando está ao ar livre, o Cão de Santo Humberto pode ficar muito enérgico. Este cão gosta muito de correr e explorar. Às vezes, tímido no início, eles têm uma natureza calma e tolerante, de mente aberta, eles verdadeiramente são amigo de todos, incluindo outros animais de estimação. Por esta razão, eles podem não ser a melhor escolha para um cão de guarda. No entanto, eles são muito protetores de suas casas e ambientes, uivando, ao invés de latir, quando sentem uma ameaça. O que dizem, é verdade: Cão de Santo Humberto tem um extraordinário olfato. Isto significa que, se sentirem um rastro interessante, eles irão segui-lo. Um grande quintal muito bem cercado é quase essencial para esta raça. E lembre-se sempre de mantê-los na coleira durante os passeios e caminhadas. Eles também têm um saudável senso de independência, aventura e curiosidade. A raça pode viver por até 12 anos. Os problemas de saúde mais comuns incluem displasia coxofemural, infecções de ouvido e inchaço. Sua pelagem curta, lisa quase não exige manutenção, mas os ouvidos precisam ser limpos regularmente para prevenir infecções.     Autor: Dr. Ricardo Tubaldini | Fonte: CachorroGato  

Cão de Crista Chinês

O Cão de Crista Chinês, também conhecido como Chinese Crested Dog, é conhecido por sua falta de pelo em quase todo o corpo. Origem A origem dessa raça é bastante incerta. Especula-se que o Cão de Crista Chinês tenha origem nas Filipinas, de onde chegou, via Indochina, até a corte dos imperadores manchu da China. Outros acreditam que esse cão chegou ao México desde a China a bordo de barcos que transportavam especiarias e descarregavam nos portos de Acapulco e Mazatlán. Comportamento Essa raça é alegre, cheia de energia e muito ativa. Tem um caráter afável, terno, brincalhão, mas receoso com desconhecidos. Adoram estar com a família e toleram as crianças, sempre, desde que estas os respeitem e sejam educadas com eles. Apesar de ser amável e aberto, às vezes podem se mostrar um pouco independentes. Aspecto De pele suave, esse é um cão pequeno, de cabeça triangular e olhos amendoados. Tem orelhas grandes e erguidas. Dentro dessa raça são aceitas duas variedades: sem pelo e de pelo longo (Powderpuff). A primeira delas não é que não tenha pelo, mas só tem algumas mechas longas de pelos finos na crista, na parte de baixo das patas e na cauda. Esse pelo é sedoso e suave. A variedade Powderpuff tem todo o corpo coberto por um pelo longo e fino e todas as cores são aceitas. Cuidados específicos É conveniente vigiar que, no verão, eles não tomem muito sol, já que uma exposição prolongada pode queimar sua pele. É aconselhável que seja protegido com protetor solar. Também é recomendado que este cão tome banho uma vez por semana e depois disso, aplicar hidratante para crianças para evitar que a pele sofra agressões. Saúde Apesar de seu aspecto frágil, essa raça é forte e resistente, ainda que tenha tendência a sofrer problemas dermatológicos e na sua dentição (falta de molares e pré-molares). De resto, essa raça está exposta as mesmas doenças comuns das outras raças Toy (luxação da rótula, glaucoma, descolamento de retina, catarata, atrofia progressiva de retina). História do Cão de Crista Chinês Acredita-se que o Cão de Crista Chinês evoluiu do African Hairless, uma pequena raça prezada por navegadores e mercadores milhares de anos atrás. Os chineses cruzaram esses cães para torná-los menores e eles continuaram o comércio deles na América Central, América do Sul e África. Ainda é motivo de debates se a raça do Cão de Crista Chinês realmente é uma evolução daqueles cães ou não. De qualquer forma, esses energéticos pequenos amigos são companheiros queridos nos Estados Unidos há mais de 100 anos. Características do Cão de Crista Chinês Perfeitos para apartamentos, os Cães de Crista Chineses são educados, limpos e relativamente quietos. Eles não requerem muito no quesito exercício e espaço. Apesar de não serem os melhores cães de guarda, eles vão latir se sentirem algum perigo. Eles também possuem um distinto e cativante uivo, que eles liberam quando estão brincando ou se divertindo. Essa raça se torna muito ligada aos seus donos. Eles amam bastante atenção, carinho e contato. Não importa se estiver cozinhando, limpando, lendo ou tomando banho, seu Cão de Crista Chinês estará logo ali. Intensamente curiosos e vivazes, eles também adoram brincar no carpete, aprender novos truques e explorar a vizinhança. Eles também se dão especialmente bem com crianças.     Autor: Dr. Ricardo Tubaldini | Fonte: CachorroGato    

Cane Corso

Há duas teorias sobre a origem do nome desta raça. A primeira sustenta que “corso” vem da palavra grega kortos, que significa “pátio, gabinete ou cercado”; e a segunda afirma que “corso” vem do latim cohors, que significa “guardião de propriedades”. Embora ambas as definições sejam aceitas, a latina pode parecer mais plausível, uma vez que o Cane Corso sempre foi muito utilizado como cão de guarda. Considerado como uma espécie de irmão dos cães de raça Mastim Napolitano (que também descende do canis pugnax romano), o cachorro Cane Corso já é conhecido há bastante tempo e, embora o seu porte e a sua força garantam a sua grande capacidade de guarda e proteção; este animal pode ser extremamente dócil, fiel e carinhoso com as pessoas de sua família (incluindo as crianças), já que é um animal bastante confiável e equilibrado no convívio com as pessoas. Origem O Cane Corso descende diretamente de Canis Pugnax, cão Mastiff existente na Roma antiga. Fortes e resistentes, estes cães foram utilizados tanto em lutas de animais quanto na guerra. Os primeiros registros desta raça datam do século XVI, quando os italianos usavam estes cães para caçar javalis e manter a segurança de fazendas e currais. Embora os detalhes do surgimento da raça não sejam definidos, é sabido que a história desta bela e imponente raça foi iniciada ainda antes do período da Roma Antiga; sendo que, de acordo com estudiosos da raça, ela teria surgido na região que hoje é conhecida como Macedônia (antigamente chama de Épiro, e que fazia parte da porção dominada pelos gregos). De origem italiana, o Cane Corso chegou a ser usado como uma ferramenta de auxílio em guerras pelos romanos – sendo também possível que tenha feito parte das batalhas voltadas para o entretenimento que eram realizadas no Coliseu em épocas antigas; já que, nas paredes do local é possível encontrar desenhos diversos que representam este cachorro. No Brasil, o Cane Corso começou a aparecer em função de um pedido do apresentador de televisão Fausto Silva, que pediu que fossem trazidos alguns exemplares da raça diretamente de Roma, na Itália, por volta do ano de 1997. Comportamento O Cane Corso é um cão muito corajoso, ousado, teimoso, orgulhoso e equilibrado. Com os proprietários e com as crianças da família, sempre se mostra dócil, carinhoso, leal e muito protetor. É um cão que está sempre alerta para qualquer situação diferente, sendo muito cauteloso com pessoas estranhas e, em certos casos, desconfiado na presença de desconhecidos. O cão desta raça é muito inteligente e confiante, e conta com uma alta capacidade de aprendizado – tornando o seu processo de adestramente bastante fácil e rápido quando realizado de maneira correta. Extremamente sociável, o Cane Corso é bonito e forte, tendo uma natureza bastante tranqüila e até meiga, o que facilita bastante o seu nível de equilíbrio, a formação de amizades e o alto nível de confiança das pessoas para permitir e incentivar o contato deste cão com as crianças – já que a interação entre estes costuma ser extremamente prazerosa e feliz. No entanto, embora o seu temperamento seja naturalmente equilibrado e bastante controlado, o Cane Corso ainda é o representante de uma das raças caninas mais eficientes nos trabalhos de guarda e proteção; sendo usado até os dias de hoje para auxiliar as pessoas que atuam nesse tipo de função e para proteger pessoas e propriedades. Nos Estados Unidos, por exemplo, exemplares de cães Cane Corso podem ser vistos com frequência atuando junto à polícia – já que, além de ter um senso de defesa extremamente alto, este cachorro também é muito desenvolvido para ações que envolvem a captura de bandidos, por exemplo. Aparência O Cane Corso é um cão robusto, forte, poderoso e com extremidades musculosas. Tem uma cabeça plana, larga, quadrada e muito marcada. As orelhas são triangulares, pendentes e largas na base. Nos países onde isso é permitido, muitas vezes são operadas em forma de um triângulo eqüilátero assim como a cauda, que pode ser amputada na quarta vértebra. Dono de um corpo musculoso e imponente, o cachorro da raça Cane Corso tem um porte classificado como médio-grande, medindo entre 64 e 68 centímetros de altura – sendo que as fêmeas têm, geralmente, cerca de 4 centímetros menos que os machos. No peso, as fêmeas também tendem a ficar um pouco atrás dos machos da raça e, enquanto um macho pode pesar até 50 quilos, as cadelas acumulam cerca de 5 quilos menos. Dono de uma pelagem curta e bastante dura, o cão desta raça pode destacar colorações diferentes em seus pelos, que podem variar entre tonalidades de cinza, preto e marrom; podendo, ainda, destacar uma padronagem tigrada. Cuidados específicos O Cane Corso é um cão energético que precisa ter bastante espaço para se movimentar, o ideal é que ele possa desfrutar de um jardim ou um quintal. No entanto, é recomendável que o proprietário o leve para longas caminhadas diárias para que o cão possa se manter saudável, tanto física quanto mentalmente. Em função disso, este não é o tipo de animal recomendado para viver em locai pequenos e restritos, como em apartamentos, por exemplo – já que a sua necessidade de exercícios físicos é muito superior ao que um ambiente confinado (mesmo que grande) pode oferecer. Outro fator que vale a pena ressaltar é que, para que seja um bom parceiro, o Cane Corso deve ser treinado e adestrado desde a época em que ainda é só um filhote; pois, dessa forma, além de possibilitar um aprendizado mais rápido e simples, estes ensinamentos serão capazes de combater o caráter dominante e autoritário que a raça possa ter. Saúde Devido ao seu tamanho, os cães da raça Cane Corso podem ser afetados pela temida displasia coxofemoral ou displasia do cotovelo. Esta raça também pode ter problemas de entrópio, ectrópio e hiperplasia vaginal em fêmeas. Outras doenças ligadas à estrutura óssea também podem surgir ao longo da vida dos cães da raça Cane Corso, já que o seu grande porte favorece bastante o aparecimento desse tipo de problema. Com uma expectativa de vida que

Cairn Terrier

O nome Cairn Terrier vem do costume escocês de cobrir as covas com um monte de pedras, que em Inglês denomina-se “Cairn”. Este Terrier foi responsável por espantar animais (ratos, furões e doninhas) que vagavam entre essas “construções”. Origem O Cairn Terrier vem de Terras Altas da Escócia, onde ele era considerado um cão excepcional no papel de caçador de raposas, texugos e lontras. Em casa também era usado como um exterminador de ratos, furões e doninhas. Em 1860, a raça foi apresentada na exposição em Inverness com o nome de Skye Terrier Shorthair, denominação escolhida em virtude à sua origem (Isle of Skye). Na mesma ilha houve outro Terrier que usava a mesma denominação de origem, Skye Terrier, então, depois de anos de discussão, os defensores Skye Terrier finalmente aceitaram o Shorthair e reconheceram a raça como um Cairn Terrier. Comportamento O cachorro Cairn Terrier é muito ativo, determinado, prepotente, empreendedor e inteligente. Este cão não gosta de ser deixado sozinho e está sempre pronto para entrar em campo. É muito alegre e brincalhão, sendo o companheiro perfeito para as crianças, desde que elas não o machuquem. Como todas as outras, essa raça pode ser um pouco teimosa e atrevida, mas não é um cão difícil. Aspecto O Cairn Terrier é um cão de pequeno porte, muito ágil e forte, coberto com uma pelagem rica. Tem orelhas pequenas, pontudas, eretas, e sua cauda tem pelo curto e farto. Cuidados específicos O pelo da raça de cães Cairn Terrier não precisa de cuidados especiais, sendo suficiente apenas a escovação regular para remover pelos mortos. Este cão é muito alegre e precisa de muita atividade ao ar livre. Às vezes, a raça tende a comer demais, o que pode ser um problema, então seu dono precisa controlar bem a dieta. Saúde O Cairn Terrier é um cão robusto e com longevidade, mas já houve casos de uma anomalia incomum, conhecida como osteopatia craniomandibular. Outras alterações que a raça pode apresentar são as doenças de Krabbe e hipoplasia cerebral.   História do Cairn Terrier O Cairn Terrier é uma raça muito antiga na história do mundo canino. O início oficial da raça no Kennel Club da Inglaterra data do início do século XX, sendo uma das últimas raças Terrier reconhecidas. O grupo conhecido como Terrier, que deriva da palavra latina “terra”, reúne cães que foram criados para trabalhar no subsolo, forçando a saída do esconderijo de pequenos e grandes roedores e outros animais que representavam um incômodo para a vida no campo. Todos os cães do grupo Terrier originaram-se nas Ilhas Britânicas, com exceção do Schnauzer Miniatura. Os familiares do Terrier Escocês são divididos em Scottish Terrier, West Highland White Terrier, o Cairn Terrier e o Skye Terrier. No início do século XIX, o chamado Terrier Escocês poderia se referir a qualquer uma dessas raças. Grande parte da história antiga da raça Cairn Terrier centra-se na Ilha de Skye. Esta ilha faz parte das Hébridas, uma terra famosa por sua geografia áspera e pessoas difíceis, onde um cão precisava ser corajoso e resistente para manter os vermes sob controle. O Cairn Terrier, com seu grande espírito e coragem, era um cão ideal para se livrar das pragas em casa, limpar os estábulos, campos e áreas onde texugos e raposas percorriam. A história deste cão pode ser um pouco complicada, assim como é a historia da maioria das raças, mas acredita-se que a linhagem mais antiga veio do Capitão Mac Leod, de Drynock, na Ilha de Skye. Além dele, que preferiu cães cinza-prata, outras linhas foram criadas por Mac Donald, de Watermist, que levantou cães cinza e tigrado, e também por MacKinnon, Kilbride, que levantou cães nas cores creme, vermelho e rajado. Estas três linhas formam a base atual da Cairn Terrier.   Características do Cairn Terrier O Cairn Terrier é um cão de pequeno porte e temperamento excelente. Tem uma grande personalidade, além de ser um cão muito ativo. Apesar de seu tamanho, todos os cães Terriers do sexo masculino não mostram sinais de timidez. Estão sempre alerta e prontos para a ação. Se você estiver procurando por um cão de colo sedentário esta não será a raça ideal para você. O Cairn Terrier se adapta bem à vida em família, tanto se você está em uma casa de campo enorme como em um apartamento na cidade. Ele se dá bem com crianças, e depois de ter a chance de dar uma boa olhada, pode aceitar pessoas estranhas. É um cão arrogante, mas que não costuma começar uma briga, e com certeza vai se manter firme quando provocado. Este não é um cão para ser deixado solto pela casa esperando pela chegada de seu mestre, ele foi criado para ser um caçador, um cão “caça pragas” e quando vê um rato, sempre vai estar pronto para o trabalho. Uma das características mais comuns a todos Terriers certamente é o seu desejo de trabalhar com grande empenho, entusiasmo e coragem. Todos têm grandes dentes fortes, em comparação com o tamanho do corpo, além de um bom ouvido e uma excelente visão. Não importa quantas gerações foram criadas, o objetivo para o qual a raça foi criada permanecerá sempre presente no cão. O Cairn Terrier é um cão versátil, caseiro e bom companheiro. Se você gosta de trabalhar com o seu cão, você vai achar que o seu Cairn Terrier é um participante alegre e disposto em qualquer forma de trabalho que você escolher, seja de obediência, agilidade, terapia, para coletar e trazer-lhe uma bola que você lance ou, é claro (e melhor de todos), caçar suas presas naturais. Se você mantê-lo solto durante uma caminhada e por acaso ele ver um gato em uma rua com trânsito pesado, seus instintos reagirão instantaneamente o colocando em risco, por isso submeta-o a treinos de adestramento e mantenha-o sempre em uma coleira quando estiver passeando com ele em campo aberto.     Autor: Dr. Ricardo Tubaldini | Fonte: CachorroGato      

Bullmastiff

O Bullmastiff se tornou um cão de defesa muito eficaz. Dizem que uma vez os donos de uma casa não estavam, um ladrão entrou na propriedade e os criados soltaram o cão, que bateu brutalmente no estranho e o manteve preso contra o chão durante horas até que os seus donos chegassem. Origem Para controlar a caça ilegal em fazendas e preservar jogos em 1860, os guardadores misturaram o Buldogue Inglês com o Mastiff, criando assim o Bullmastiff. Sua combinação entre atletismo e força se provou bem sucedida para policiar grandes extensões de terras. No entanto, em vez de atacar os agressores, os Bullmastiff os seguram no chão ou os encurralam em algum espaço até que seus donos cheguem. Quando os problemas com caça diminuíram, Bullmastiffs continuaram a fazer sucesso, conseguindo trabalho como cães policiais, cães militares e, é claro, companheiros adoráveis. Comportamento Esses cães são protetores devotos de suas casas. Eles possuem uma autoconfiança que pode ser muito útil quando o dever os chama. Apesar disso, eles são do tipo de cão que prende o invasor em vez de machucá-lo. Além disso, como o instinto deles é de proteger o dono, eles tendem a reagir mais a um intruso quando você estiver em casa. Quando não estiver, eles podem não reagir de forma alguma. Essa raça é protetora e seus exemplares são companheiros amáveis para crianças. É necessário que os pais supervisionem quando crianças pequenas estiverem brincando com eles, simplesmente por causa de seu tamanho, para evitar que algum acidente ocorra. Aspecto Quando falamos de Bullmastiff, falamos de cães de grande porte e volume, que podem pesar, quando adultos, até 60 quilos para os machos e 45 para as fêmeas. Como se não fosse o bastante, o que mais chama a atenção é sua cabeça extraordinária, compacta, quadrada e enorme, adornada por um focinho largo e também pelo seu nariz quadrado e negro, que se apoia em uma garganta potente, que por sua vez se acomoda sobre um peito largo e igualmente potente. Tudo nesse cão fala sobre sua extraordinária força. O Bullmastiff é, no geral, um animal dotado de um corpo de aspecto relativamente quadrado e também muito compacto, com patas anteriores robustas e potentes, paralelas entre si. As patas posteriores possuem pernas fortes e angulações moderadas que terminam em pés fortes e redondos. A cauda é relativamente longa, pois alcança o garrote, muito larga na base, se estreitando até a ponta. Cuidados específicos Essa raça se adapta perfeitamente à vida na cidade e em apartamentos; não é excessivamente ativo, ainda que goste de passeios em um bom ritmo. Durante o seu crescimento o exercício tem que ser muito controlado para evitar problemas musculoesqueléticos. Eles possuem certa tendência à obesidade e não desprendem odores corporais; sua higiene é simples, bastará escová-lo duas ou três vezes por semana com uma luva de borracha. Não é aconselhável dar banho neles, pois isso pode alterar gravemente o pH de sua pele e gerar dermatites. Saúde A raça é propensa a ter torção de estômago quando em idade avançada e displasia coxofemural.   História do Bullmastiff Oficialmente, o Bullmastiff é procedente do Reino Unido, existem referências anteriores de cães de porte similar na Grã Bretanha, mas apesar disso a raça não foi reconhecida pelo Kennel Club britânico até 1924. Sem dúvidas, já por volta dos séculos XV e XVI existiram cães na Península Ibérica de características muito semelhantes ao Bullmastiff moderno, chamados genericamente de “Cães de Touros”. Dizem inclusive que no enxoval de noiva da futura esposa do rei Henrique VII, Catarina de Aragão, estavam inclusos vários desses ferozes animais. Nessa época, espetáculos sangrentos como as lutas de cães contra todos os tipos de animais ferozes estavam na moda. Quando essas brigas de cães contra touros, ursos e outras bestas caíram em desgosto, na Espanha e Portugal, os cães perderam sua ocupação, em sua maioria desaparecendo, mas na Inglaterra foram buscadas alternativas para combater isso. Então, no princípio do século XVIII os guardas florestais ingleses começaram a selecionar um novo tipo de cão, que chamaram “Gamekeepers Night Dog”(Cão noturno dos guardas florestais). Esse cão vinha de um cruzamento mais ou menos seletivo, dos descendentes dessas raças de valentes cães lutadores, e são esses que consideram fazer parte das origens do Bullmastiff, conservando sem muitas variações o caráter e o tipo que os guardadores procuravam.   Características do Bullmastiff Justamente pelos cães Bullmastiff terem sido utilizados no passado na Inglaterra como guardiões de grandes áreas proibidas para caça, com o propósito de perseguir e apresentar os fugitivos – o cão os derrubava com seu corpo e se deitava por cima deles para imobilizá-los completamente – é o motivo de a raça hoje em dia ainda conservar essa característica, uma das mais apreciadas e a que melhor distingue e os separam do resto dos outros grandes molosos. Não em vão, o Bullmastiff sabe medir perfeitamente sua força e nunca ataca, a princípio, para machucar. Isso se justifica no fato de que, historicamente, eles conviviam sob o mesmo teto que seus guias, os guardiões, conscientes da importância de afirmar esse traço de seu caráter e canalizar sua força optaram, há mais de três séculos, por introduzi-los em suas casas e compartilhar o calor do lugar e o ambiente familiar com eles. Nesses momentos de descanso, seus “Cães noturnos” ficavam com as crianças, com a esposa e com seu dono, desfrutando de um momento de tranquilidade, brincando com as crianças em vez de serem deixados guardados junto com o resto dos cães e outros animais domésticos do lado de fora da casa. Assim, pouco a pouco, o caráter antes feroz e agressivo desses cães se acalmou, os guardas florestais firmaram os princípios dos que hoje são animais evidentemente familiares, que adoram crianças e que se adaptam perfeitamente a qualquer tipo de ambiente, seja na cidade ou no campo. Mas para que possa sempre dar o melhor de si mesmo, eles necessitam sempre se sentir parte da família e não serem deixados simplesmente como meros cães de guarda. Só assim esses

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