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Piometra

A piometra canina, também denominada complexo hiperplasia cística endometrial, é uma enfermidade que acomete principalmente a cadela adulta, é caracterizada pela inflamação do útero com acumulação de exsudatos (líquido inflamatório).   Esta é uma enfermidade basicamente de fêmeas de meia-idade e ativas reprodutivamente, tendo em média cerca de oito anos de idade. Nestes casos, a piometra recebe a denominação de síndrome da cadela idosa. Cadelas mais jovens também podem desenvolver piometra. A causa mais comum da doença nestes casos é o uso de progestágenos exógenos para supressão do estro. (ANTICONCEPCIONAL CANINO/ INIBIDORES DE CIO).     Existem basicamente dois tipos de piometra, as de cérvix aberta e as de cérvix fechada. Alguns casos se revelam agudos e graves em 1 a 2 semanas e requerem atenção imediata e precoce para que se possa salvar a vida do animal. Isto ocorre normalmente quando a cérvix está fechada.  Em outros, especialmente aqueles em que a cérvix está aberta por onde há drenagem de conteúdo purulento, a doença pode persistir por 1 mês ou mais.     Os sinais clínicos encontrados são depressão, anorexia (perda de apetite), vômito, polidipsia (aumenta ingestão de água), poliúria (aumento da freqüência urinária) e perda de peso.   O corrimento vaginal purulento está presente em 75% das cadelas com piometra.   O diagnóstico baseia-se nos sinais clínicos e exames complementares, tais como radiografias abdominais e ultrasonografias, evidenciando distensão uterina em decorrência da grande quantidade de líquido em seu interior.   Se não diagnosticada precocemente, a piometra pode resultar em alterações clínicas sérias como insuficiência renal ou até septicemia (infecção generalizada). A insuficiência renal aguda (IRA) está entre uma das mais importantes complicações citadas na literatura, pois quando presente, o índice de mortalidade pode chegar a mais de 70%.   A ovariohisterectomia é o tratamento adequado para esta patologia, e posteriormente o uso de medicamentos para controlar e evitar disseminação sistêmica.   É muito importante observar as fêmeas no período do cio, quanto à duração do mesmo, periodicidade e regularidade. Evitar o uso de inibidores de cio e/ou anticoncepcionais. Se for um animalzinho sem interesse reprodutivo, consulte seu veterinário e agende a castração, pois assim você evitará esse tipo de doença e outros problemas, como reprodução indesejada, redução da incidência de tumores mamários e outras doenças reprodutivas.   M.V Edoardo Tancredi     CRMV SP 28.062

Gripe dos Cães Traqueobronquite Infecciosa Canina

A traqueobronquite infecciosa é o termo usado para definir uma desordem respiratória repentina, altamente contagiosa, que afeta a laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e, ocasionalmente, as narinas e espaços pulmonares. “Tossi dos Canis”  ou “Gripe dos Cães” é a denominação popular desta doença pelo fato de ser disseminada por aerossóis, ou seja, gotículas eliminadas no ar através da tosse e espirros dos animais contaminados, de forma que facilmente ocorre o contágio dos animais presentes em um mesmo ambiente.   Agentes causadores   De distribuição mundial e reconhecida como mais comum das doenças infecciosas dos cães, tem como seus agentes os vírus da Parainfluenza canina, Adenovírus tipo 1 e tipo 2, Herpesvírus e o Reovírus canino tipo 1, tipo 2 e tipo 3. São citadas ainda as bactérias em especial a Bordetella bronchiséptica.   Bordetella bronchiséptica.   É muito comum ocorrerem infecções mistas envolvendo estes vírus e bactérias, o que desencadeia um efeito conjunto na doença clínica que, desta forma, adquire um caráter mais grave.   Enquanto o vírus da Parainfluenza é o mais comumente isolado de cães, a Bordetella bronchiseptica é a bactéria mais comum nesta enfermidade. Em exclusivo esta bactéria é considerada oportunista do aparelho respiratório durante muito tempo, atualmente é reconhecida como causador primário da infecção, sendo que a colonização dos órgãos respiratórios, desempenha papel fundamental no desenvolvimento desta doença.   Mecanismo de agressão dos causadores da gripe  O aparelho respiratório é constantemente exposto a diferentes tipos de microorganismos maléficos a saúde, que entram em contato direto com a parede da traquéia, laringe, faringe e dos pulmões. Para a manutenção do bem estar e proteção deste delicado e complexo sistema, existe um sofisticado mecanismo de defesa que é o “aparelho mucociliar” e tem como a principal função a remoção de partículas ou substâncias potencialmente agressivas ao aparelho respiratório, através das células ciliadas da parede dos órgãos respiratórios, assim corpos estranhos, aerossóis que são partículas minúsculas, ácaros, fungos, bactérias e até mesmo diferentes tipos de vírus são transportados através do movimento das células ciliadas para serem eliminados, através da tosse.   Um exemplo da bactéria Bordetella bronchiséptica é o seu alvo primário a parede das vias aéreas onde se adere às células ciliadas, causando destruição três horas após o contato, uma inflamação imediata primariamente e prejudicando a função de defesa e a saúde dos órgãos respiratórios, causando diminuição da imunidade celular isto é perde a capacidade de combater os microorganismos invasores.   Devido esta agressão as paredes de todos os órgãos respiratórios ficam predispostas a infecções consecutivas.  Podendo ocorrer um agravamento ainda maior do quadro clínico e resultar em uma pneumonia de risco a vida.   Por estar debilitado, e sua imunidade baixa, o animal pode ter infecção pela bactéria Bordetella bronchiséptica e o vírus da Cinomose Canina, este sendo o mais comum a outras infecções virais.     Sintomas – Alterações Observadas Na forma branda ou não complicada, o sintoma mais com mais comum e evidente é a tosse curta, freqüente e de som seco devido à traqueobronquite (porção da traquéia com inflamação dos brônquios), freqüentemente acompanhada de engasgos ou movimentos de esforço de vômito, que podem ser confundidos com ânsia de vômito pelos donos dos cães.   O som da tosse pode ser alto devido à laringite (inflamação da laringe) e ao inchaço das cordas vocais, A tosse é aumentada com exercício, excitação ou pressão sobre a traquéia e é facilmente desencadeada por palpação nessa região ou simplesmente ao puxar a coleira do animal.   O cão se alimenta normalmente e não apresenta indisposição e febre.   Tosse seca.   Bronquite.   Os sintomas da infecção ocorrem de 2 a 14 dias após a exposição e se não houver complicação do quadro por outros agentes, os sintomas duram por volta de 10 dias e mesmo durante o tratamento os animais continuarão transmitindo a bactéria por 6 a 14 semanas, podendo contaminar outros animais.   Na forma severa ou complicada da doença, normalmente associada à infecção conjunta por bactérias como a Bordetella bronchiséptica e os vírus Parainfluenza Canina e Adenovírus tipo 1 e tipo 2 os mais comuns, a tosse se torna produtiva devido a tranqueobronquite acrescida de broncopneumonia (inflamação severa dos pulmões). Neste caso, o cão apresenta rejeição da comida, perda do peso, sem vontade de fazer qualquer coisa, febre, secreção nasal catarral e conjuntivite uma inflamação dos olhos.   Então uma combinação de fatores, como idade estado imunológico do indivíduo, tipo e número de microorganismos envolvidos, e ainda a existência de doenças simultâneas, contribuindo para o agravamento dos sintomas.   Diagnóstico – Resposta Médica Baseia-se principalmente, nos sinais clínicos e no histórico de exposição recente a outros animais. Os resultados de análises laboratoriais freqüentemente encontram-se dentro dos limites de referência. Pode ser evidenciada uma alteração característica de estresse e inflamatória.   Uma lavagem da traquéia para análise das células presentes pode mostrar algumas alterações. Radiografias do tórax mostram bronquite (inflamação dos brônquios), embora em casos severos possam progredir para quadros de pneumonia, principalmente quando há envolvimento de vírus da gripe canina.   Os “swabs” são como cotonetes, mas esterilizados e servem para coletar as secreções das vias aéreas e fazer um cultivo de bactérias em laboratório assim para o melhor medicamento de escolha.   Tratamento – Eliminação do Agente O tratamento deve ser pelos sintomas, de acordo com o tipo e gravidade da doença apresentada.  Recomendam-se antibióticos e os mais efetivos, capazes de alcançar o aparelho respiratório em concentração eficaz, tendo o poder de inibir o crescimento das bactérias e matá-las. O uso de corticóides é altamente eficaz na melhoria da tosse e redução do volume de secreções respiratórias produzidas, porém, evitar o uso por períodos prolongados. Por estes motivos é necessário que o médico veterinário de seu animal faça uma severa avaliação e solicite alguns exames necessários e deste modo irá prescrever o tratamento mais eficaz.   Prevenção  É possível de ser controlada evitando alguns ambientes de alta concentração populacional como canis, gatis, hotéis, etc. Claro que quando necessário a utilização de um destes locais,

ERLIQUIOSE CANINA

A Erliquiose canina é uma doença transmitida por carrapatos, causada pela bactéria rickettsia Ehrlichia spp. Seu principal vetor é o carrapato marrom do cão (Rhiphicephalus sanguineus), atinge principalmente os canídeos, tem sido relatada em todos os continentes, mas com maior prevalência em regiões de climas tropicais e subtropicais. A Erliquiose pode ter várias manifestações clínicas e subclínicas, tornando o diagnóstico difícil, as fases aguda e crônica podem complicar ainda mais a terapia. A Ehrlichia spp. É uma bactéria gram-negativa intracelular obrigatória, afetando células hematopoéticas.  Existem 3 espécies que podem causar a doença em cães, sendo a espécie de maior prevalência no Brasil a E. canis.     Há  algumas décadas, erliquioses foram consideradas com relevância somente na veterinária, mas atualmente todas são reconhecidas como causadoras de erliquiose em seres humanos, mas com baixa incidência e até o momento não existem evidências da transmissão direta de Ehrlichia spp de cães para seres humanos. A erliquiose canina é caracterizada por 3 fases, aguda, subclínica e crônica. A doença aguda dura entre 3-5 semanas com sintomas de febre, perda de apetite, depressão, esplenomegalia (aumento do baço), também podem aparecer mucosas pálidas, hemorragias (na pele, pelo nariz ou pontiformes pelo corpo). A fase subclínica segue a diminuição dos sinais clínicos, podendo durar até anos, mas ainda sendo portadores e podendo desenvolver a doença em qualquer fase da vida. A fase crônica pode ser leve ou grave, podendo os cães apresentar perda de peso, depressão ou apatia, manchas pelo corpo (petéquias) e edemas (inchaços) entre outros. Em casos graves a resposta ao tratamento pode ser pobre e muitos podem morrer durante o tratamento, seja por hemorragia ou por infecções secundárias, já que causa imunossupressão acentuada (queda de imunidade).     O diagnóstico é feito por meio de exames em conjunto com os sintomas clínicos, e mesmo o animal sendo tratado uma vez ele pode ser reinfectado ao longo da vida, já que o organismo não desenvolve nenhuma imunidade específica. O tratamento deve ser realizado a risca, por período prolongado com uso de antibiótico específico a ser prescrito pelo veterinário, é importante saber que muitas vezes o animal aparenta estar totalmente recuperado antes do término do tratamento, mas o mesmo não deve ser interrompido de maneira nenhuma até a data prescrita. Terapias de suporte podem ser necessárias de acordo com a situação clínica do animal. A melhor prevenção contra a erliquiose é evitar a exposição do animal ao carrapato, com tratamentos ectoparasiticidas regulares, já que não existe vacina para essa doença. Estudos demonstram eficácia preventiva em 95%-100% em cães prevenidos de áreas endêmicas, ou seja, áreas com alta prevalência do carrapato e da doença.     Existem vários produtos de qualidade no mercado para garantir uma boa proteção e prevenção aos carrapatos, consulte o seu veterinário de confiança e mantenha seu animal protegido! Se seu animal apresentar algum desses sintomas, leve-o imediatamente ao veterinártio, pois quanto antes o tratamento for iniciado, melhor se torna o prognóstico da recuperação.   FONTE: Boletim CVDB   Edoardo Tancredi   CRMV SP 28.062  

Cirurgias Mutilantes em cães e gatos

Em 15 de fevereiro de 2008 o CFMV proibiu o corte de orelhas, cordas vocais e amputação de unhas de felinos e recomendou a não realização de corte de cauda em cães, inclusive em raças em que o padrão definido conste com o procedimento.   Segundo o órgão competente em fiscalizar e regular o funcionamento da profissão medico veterinária, alega a quebra do compromisso ético da profissão para com o bem estar animal. Na mesma resolução ficaram definidas algumas outras normas para procedimentos considerados mutilantes para fins estéticos tanto em animais silvestres, de produção ou pequenos animais.   Ficou estabelecido que tais procedimentos cirúrgicos têm apenas fins estéticos sem função para o atual convívio dos animais na sociedade. Podemos resumir o motivo do corte de cauda (caudectomia) como cultura antepassada, antes mesmo de terem federações de cianofilia com padrões de raça definida; onde os cães eram utilizados basicamente como instrumentos de trabalho como caça, lida com animais e a guarda, além claro do esporte de brigas de cães. Estes animais que trabalhavam junto aos homens tinham constantemente ferimentos, lacerações em caudas e orelhas conforme trabalho praticado, brigando com a presa, ferindo em galhos e buracos por onde passavam. Tais ferimentos antigamente eram de difícil tratamento, pois não havia formas eficazes, sendo assim, mais conveniente a amputação para evitar possíveis complicações durante o trabalho que às vezes poderia comprometer até mesmo a vida do animal, pois são órgãos muito vascularizados favorecendo intensa hemorragia. A cauda do animal é um prolongamento da coluna vertebral estando cheia de inervações e ramificações da coluna sendo necessários cuidados minuciosos. A cauda tem sua função resumida nos dias de hoje em ser o termômetro do cão como forma de expressar o que sente, pois cada posição e movimento do membro denotam uma expressão especifica (agressividade, medo, felicidade, curiosidade…).   As orelhas passaram a ser cortadas também pelo fato de evitar ferimentos durante o trabalho que caso machucassem sangram bastante. Em animais de rinhas eram cortadas para evitar ficar expostas para que o combatente possa ferir e se aproveitar da fraqueza. Nos dias de hoje acrescenta-se o corte de orelhas como uma apresentação de cães de guarda, que tornam a expressão mais agressiva, tirando a docilidade do olhar do cão com orelha caída.   O corte de cordas vocais não precisa ser explicado minuciosamente, pois está pressuposto. Hoje o intenso convívio dos cães aos lares das famílias brasileiras, estes tem como forma de expressão o latido que muitas vezes em locais reservados (apartamentos e locais fechados) ou em excesso tornam-se inconvenientes tornando-se comum a pratica da cordectomia nas grandes cidades para suprir um luxo ou má educação do animal junto ao proprietário, sendo também considerada proibida perante o conselho.   Aos felinos sobrou a amputação das garras, que também pelo convívio intenso nos lares adaptaram seu habito de espreguiçar e afiar as garras na natureza, em arvores e outras plantas, para os sofás e outros móveis de nossas casas, causando com isto a destruição dos mesmos, assim como forma de defesa dos mesmos.   É preciso analisar a real necessidade de amputar-se uma parte do corpo de um animal. O motivo estético é questionável. Muitos cães parecem ficar mais bonitos com a cauda inteira, embora a beleza seja algo muito subjetivo para ser analisado, pois estamos habituados a vê nos padrões definidos e iremos estranhar qualquer forma diferente que ao longo do tempo deve-se superar.   De todos os procedimentos descritos o único que é considerado apenas aconselhado a não realização é a caudectomia, os demais são considerados proibidos na pratica veterinária e o profissional que o fizer salvo as exceções com indicação clinica serão julgados e punidos perante o órgão competente.   Concluindo vemos que são todos procedimentos estéticos, que nada influenciam na vida do animal, sendo apenas parte da adaptação dos mesmos, as culturas humanas e conceitos modernos quanto ao visual e padrão de raças.   M.V. Arthur César Ferreira  10/07/2013

Qualquer dono faria o mesmo, diz salvador de cão em rio congelado

O homem que ficou famoso após ser fotografado de cuecas tentando resgatar seu cachorro de um rio congelado na Inglaterra disse concordar que a atitude não foi muito inteligente, mas que não conseguiria assistir o cão morrer sem fazer nada.   No domingo (12), ele foi fotografado por um passante ao se despir e rastejar sobre um rio congelado para salvar seu cão, que havia caído na água quando o gelo se rompeu. Segundo testemunhas, o homem também entrou na água do rio Stour, na região de Dedham, Essex, por volta das 10 horas da manhã. Malcolm Jarvis, empresário de 48 anos de idade, disse que estava passeando com a mulher e as duas filhas quando o cachorro, Bentley, saiu correndo atrás de patos no lago, segundo a reportagem do jornal britânico “Daily Mail”. A fina camada de gelo acabou se quebrando, e Bentley não conseguia sair da água. A temperatura local estava por volta de -4° Celsius. “A adrenalina bateu e eu sabia que tinha que tomar uma decisão. Meu instinto era de salvá-lo, qualquer pessoa que tem um cachorro faria o mesmo”, conta ele. Jarvis diz que se despiu porque não queria entrar de calça jeans na água – o que poderia dificultar o nado caso o gelo se rompesse, como de fato ocorreu. “O gelo se quebrou quando eu estava a uns 10 metros dele, e eu caí na água. Não lembro do choque do frio, acho que a adrenalina preparou meu corpo para isso”, afirma. O empresário agarrou Bentley pela pele atrás do pescoço e o tirou da água antes de conseguir sair ele mesmo. Jarvis ficou com alguns cortes no corpo. A família entrou no carro e foi para casa sem precisar chamar o serviço de emergência. “Eu estava com dois amigos e não pude acreditar no que estava vendo”, disse Paul Wenborne, de 52 anos de idade, que flagrou o arriscado resgate. Na semana anterior, um homem morreu na Inglaterra justamente tentando resgatar seu cão de um lago congelado. Fonte: G1

Cachorros colocam motoristas em perigo ao viajarem soltos em veículos

Mulher de 41 anos morreu após capotar o veículo distraindo-se com animal. Veja dicas para se prevenir e evitar acidentes no trânsito.     O cachorro dentro do veículo pode oferecer perigo ao motorista e o Código de Trânsito Brasileiro exige que os animais sejam transportados em caixas próprias para este fim. Um professor de física da Unesp de Bauru, no interior de São Paulo, explica como se prevenir e evitar que o melhor amigo do homem vire seu inimigo no trânsito.   Em janeiro, uma mulher de 41 anos morreu em um acidente na Rodovia Marechal Rondon, na região de Bauru. O marido que também estava no carro ficou ferido e contou aos policiais o motivo do acidente: a esposa se distraiu com um cachorro que estava solto no banco traseiro, perdeu o controle da direção e capotou várias vezes.   O professor de física, Pablo Venegas, fez um cálculo que explica o perigo. “Poucos segundos de desatenção são suficientes para causar uma tragédia. Imaginamos que um carro está viajando a 120 km/h, a cerca de 100 metros do carro da frente. Se o motorista se distrair por 3 segundos já não há tempo de frear em caso de imprevisto com o veículo que está na frente”, explica.   E não é difícil encontrar quem desrespeite a lei. Pelas ruas é possível flagrar cães com a cabeça para fora do veículo e soltos no banco traseiro. Trata-se de uma infração grave. Se autuado, o motorista perde cinco pontos na carteira e vai pagar R$ 125 de multa.   Poucos donos usam a caixa de transporte, que varia de tamanho de acordo com o cão. É necessário apenas que o bicho consiga se movimentar dentro dela. Os modelos mais baratos custam, em média, R$ 70.   Mas as lojas de Pet Shop estão vendendo uma opção mais em conta: o cinto de segurança para cães custa a partir de R$ 14,50. “Porém só o cinto de segurança não é suficiente para livrar o motorista da multa”, alerta o tenente da PM, Adriano Tiago de Aguiar. Fonte: G1

HIPERADRENOCORTICISMO

O Hiperadrenocorticismo espontâneo ou também conhecido como Síndrome de Cushing é uma doença definida como um complexo de mudanças físicas e bioquímicas resultantes da cronicidade dos altos níveis de glicocorticóides presentes na circulação sanguínea. O HAC (Hiperadrenocorticismo) em cães pode ser pituitário dependente (PDH) ou adrenal dependente (AT), sendo o PDH a forma mais comum em cães, englobando 80% a 85% dos casos de HAC, é normalmente gerado pela hiperplasia de células corticotróficas ou secundária a processos neoplásicos, promovendo uma super estimulação da hipófise que secreta o hormônio ACTH estimulando a liberação de cortisol pelas adrenais. No AT o processo neoplásico atinge as adrenais, que por sua vez libera de forma autônoma o cortisol.   Mesmo sabendo que todos os cães são susceptíveis ao desenvolvimento do HAC espontâneo, existem certas raças com uma predisposição maior, normalmente associada a raças de pequeno a médio porte, especialmente Teckels e Poodles. Sendo que o Poodle sozinho é um representante de 40% dos cães afetados pela doença, em contrapartida, no hiperadrenocorticismo adrenal dependente ocorre mais freqüentemente em cães de grande porte como os Pastores e Labradores sendo que estudos mostram que em 50% dos casos descritos, os animais afetados pesavam mais de 20kg. Já em relação a distribuição sexual as fêmeas parecem estar mais predispostas.   O HAC é considerado uma doença geriátrica, onde a média etária dos cães afetados é de 7 a 9 anos, podendo ainda aparecer precocemente em alguns casos, sendo que na forma PDH surge geralmente a partir dos 2 anos de idade e no AT a idade é superior a 9 anos em mais de 90% dos cães.   A identificação desta doença é feita através do histórico do animal, sinais clínicos apresentados e de exames laboratoriais. Primeiramente se deve pensar nos diagnósticos diferenciais que devem incluir doenças como o diabetes mellitus, a acromegalia, o diabetes insípida, as afecções renais e hepáticas, o hipotireoidismo, os tumores testiculares ou ovarianos e a hipercalcemia. Os sinais clínicos gerais estão diretamente relacionados com o excesso de cortisol circulante e são eles o aumento da micção, o excesso de fome e sede, hepatomegalia, abdômen pendular, atrofia muscular, fraqueza muscular e ligamentar, dificuldade e mudanças no padrão respiratório, perda ou diminuição da pelagem corporal exceto em cabeça e membros, pele fina, perda da elasticidade cutânea, hiperpigmentação, seborréia, entre outros. Nas analises laboratoriais, o hemograma pode muitas vezes estar dentro dos valores de referência, mas geralmente é característico um hemograma de “stress”, onde a glicemia sérica está aumentada em cerca de 50% dos casos; e os níveis de ALT e FA geralmente estão elevados, o colesterol e o triglicérides também se apresentam aumentados em cerca de 90% dos casos, a proteinúria está presente em 50% dos casos, e a glicosúria em 10% dos casos.   O diagnóstico do HAC é feito através de dois testes de exploração funcional, com diferentes sensibilidades e especificidades, o teste de estimulação e o teste de supressão. Os laboratórios utilizam distintas técnicas na mensuração do cortisol e as mais utilizadas são a quimiluminescência e o radioimunoensaio.   O tratamento pode ser realizado por meio de medicamentos, por meios cirúrgicos e radioterapia, sendo que todos os tratamentos visam eliminar a hipersecreção de cortisol. O tratamento cirúrgico para PDH em cães é a hipofisectomia, este procedimento cirúrgico exibe bons resultados, já para AT o tratamento cirúrgico é a adrenalectomia bilateral, seguida de um longo tratamento para hipoadrenocorticismo, porém devido ao seu elevado custo e a falta de estabelecimentos especializados os tratamentos cirúrgicos perdem espaço para os tratamentos medicamentosos. O tratamento com radioterapia é indicado nos cães com macroadenomas de hipófise e conseqüentes sinais neurológicos. Os tratamentos medicamentosos são geralmente o tratamento de escolha e devem ser mantidos durante toda vida do animal, regularizando os altos níveis de glicocorticóides circulantes.   M.V. André Pregnolato Farhate.

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