Burmês
O Burmês é uma raça antiga, provindo da Birmânia. É um gato muito sociável e carinhoso, que merece a denominação de gato de companhia. Se diz que sua personalidade pode ser comparada à de um cachorro, já que o agrada muito viver em uma família e não gosta de ser deixado muito tempo sozinho.Se você apresenta interesse em adquirir um Burmês saiba que ele é indicado para pessoas que já estão habituados com o estilo de vida felino, pessoas com crianças ou com outros animais de estimação e ainda pessoas que possuem um estilo de vida mais ativo. Esses gatinhos sociáveis podem ser criados sozinhos desde que tenham sua dose diária de atenção humana. Origem Existem várias histórias do século XV relacionadas a essa raça nos mosteiros birmanos, com o nome de “Rajá”. Entre os séculos XIV e XVII vários manuscritos ilustravam gatos que lembram o atual Burmese. Por volta de 1930 um médico militar provavelmente levou o primeiro Burmês da Birmânia para São Francisco, nos Estados Unidos. O nome do exemplar era Wong Mau, provavelmente uma fêmea Siamesa-Burmesa. Nos Estados Unidos começaram os esforços para realizar os cruzamentos com intuito de aumentar o número da raça. A raça foi oficialmente reconhecida na década de 50, tanto na América do Norte quanto na Europa. O primeiro gato da raça Burmês chegou à Inglaterra em 1949, apesar de se existir registros da entrada de gatos castanhos com olhos amarelos durante o século XIX no país. O padrão da raça fala de um Burmese americano, se tratando de um gato compacto, maciço e com cabeça redonda, enquanto o Burmese inglês é mais esbelto e com cabeça mais triangular. Comportamento O Burmês é um gato curioso e inteligente. Tem uma personalidade encantadora, brincalhão e um pouco comunicativa. Sua voz é forte, no entanto se apresenta menos rouca do que a do Siamês. Ele aprecia a companhia humana, em dose diária, gosta de brincadeiras e atenção. Raça perfeita para conviver com crianças, sendo companheiros incansáveis e bastante tolerantes para elas, e outros animais. Com outros gatos costuma ser dominante. Por serem ativos e inteligentes é importante que sempre tenham alguma atividade, caso contrário, se tornam entediados. Sua personalidade é forte, sendo que a raça Burmese não costuma ter medo de nada, por causa disso é importante sempre o supervisionar, principalmente fora de casa para que ele não corra riscos. Com seu jeito sociável o Burmês não gosta de ficar muito tempo sozinho, adorando ficar em colos disponíveis, além de ser incrivelmente ligado e fiel ao seu dono, sendo uma espécie de gato-cão. Gosta de caçar, por isso acesso a um jardim o deixa bastante feliz, porém consegue se adaptar muito bem a vida em apartamento. Costuma se tornar mais calmo conforme envelhece. O gato Burmese gosta de observar tudo o que acontece pela casa e é bastante comum o encontrar imitando coisas que viu algum humano fazendo; inclusive escondendo pertences do dono em seus lugares favoritos, sentindo muito interesse por objetos brilhantes. Aspecto O Burmês é um gato de tamanho médio, musculoso e compacto. O tipo americano tem corpo compacto enquanto o tipo inglês apresenta um estilo estrangeiro, elegante e esbelto, nunca devendo ser semelhante demais ao Siamês ou ao British. A cabeça do Burmese tipo americano é arredondada, com maçãs do rosto altas, o focinho é curto e redondo, apresenta uma quebra ao nível do nariz. O tipo inglês apresenta cabeça triangular com crânio largo e levemente arredondando, apresentando as outras características parecidas com o tipo americano. Os olhos são grandes, amplamente espaçados e expressivos, geralmente em cor amarelo dourado. As orelhas apresentam tamanho médio, são inseridas ligeiramente afastadas e inclinadas para frente, as pontas são arredondadas. O gato Burmese tem pelo é curto e de textura sedosa e brilhante, quase não apresenta subpelo. Inicialmente a única cor conhecida era o castanho escuro, mas posteriormente outras cores foram introduzidas, em ordem cronológica, veio primeiro o azul, o chocolate e lilás apareceram juntos, sendo seguido pela cor tartaruga. Existem outras cores, algumas apenas aceitas na Europa. A cor deve ser mais intensa nas extremidades (cauda, patas e mascara), média em áreas como flancos e atenuada em locais de declive como o abdômen. Não é desejável marcas tabby ou brancas. É comum que um filhote Burmês tenha alteração a cor de sua pelagem até se tornar adulto. É a cauda é de tamanho médio, afilando em direção a ponta arredondada. As fêmeas atingem sua maturidade cedo, por volta dos nove meses. Cuidados específicos Não precisam de muita atenção, basta escovação semanal para evitar o acúmulo de pelos mortos e manter sua aparência. Escovar o seu gato Burmês com os dedos diariamente também ajudam nessa tarefa, além de ser um carinho para o felino. Saúde Até hoje não se registrou nenhum problema de saúde que seja característico da raça Burmese, sendo seus exemplares considerados saudáveis e resistentes. História do Burmês O Burmês que conhecemos hoje foi cruzado nos Estados Unidos a partir de uma única gata: Mau Wong. Em 1930, um marinheiro a trouxe do Oriente e deu-lhe ao Dr. Joseph G. Thompson, de San Francisco. A gata foi descrita como “um pequeno gato, de ossos finos, mas com um corpo mais compacto do que o de um siamês, com cauda mais curta, a cabeça arredondada, focinho curto, com maior largura entre os olhos arredondados”. Muitos criadores a consideravam um Siamês escuro, mas Dr. Thomson achava que era bem diferente do Siamês, então estabeleceu um programa para isolar e reproduzir os seus traços distintivos. Em 1932, Wong Mau cruzou com um Siamês, e teve gatinhos de duas cores: alguns siameses e outros marrons com pontos mais escuros ao longo da pelagem, como Wong Mau. Cruzando com um gato de sua cria, da parte que tinha a pelagem mais escura, a cria resultada continha três cores: alguns como siameses, alguns gatinhos marrom como Wong Mau, e alguns gatinhos marrom escuro. A prole marrom escuro fundou a raça Burmês. Aceita-se hoje que Wong Mau era, na verdade, um híbrido Burmês-Siamês.